Parakanã

O povo Parakanã habita as Terras Indígenas Apyterewa e Parakanã entre os estados do Pará e do Tocantins. A população é estimada em torno de 1.500 pessoas. O termo ‘parakanã’ não corresponde a uma autodenominação, os Parakanã se dizem awaeté, ‘gente (humanos) de verdade’, em oposição a akwawa, categoria genérica para estrangeiros.

Os Parakanã estão divididos em dois grandes blocos, Oriental e Ocidental, que se originaram de um conflito interno ocorrido no final do século XIX. Os dois blocos diferenciam-se em suas estratégias de subsistência e nos mecanismos sociológicos de produção e reprodução do grupo.

A população de Parakanã Oriental, se manteve coesa até o primeiro contato da FUNAI, em 1971.Adotou um padrão mais sedentário e retraído em relação ao exterior, com uma postura mais defensiva e um certo grau de centralização política.

Ameaças

A Terra Indígena (TI) Parakanã, localiza-se na bacia do Tocantins, com uma extensão de 351 mil hectares, encontra-se demarcada e com sua situação jurídica regularizada. Desde 1980, recebe a assistência do “Programa Parakanã”, fruto de um convênio entre a FUNAI e a empresa do setor elétrico Eletronorte.

A segunda área onde os Parakanã habitam é denominada TI Apyterewa. Localiza-se na bacia do Xingu, com 981 mil hectares. Foi declarada de posse permanente dos indígenas em 1992, porém suas garantias foram revogadas e seu território reduzido para 773 mil hectares. Em 2004, uma nova portaria foi assinada. Mas a comunidade já tinha sido prejudicada pelas invasões de seu território.

Em 2019 a Terra Indígena Apyterewa foi a segunda TI mais desmatada no ano e uma das que mais registrou aumento no número de focos de incêndio. Esses registros ficaram concentrados principalmente nas bordas do território, em regiões historicamente marcadas por invasões de atividades ilegais de garimpo, pecuária e madeireiras. 

Outras ameaças constantes à sua população ou ao seu território são doenças, a instalação de  grandes usinas hidrelétricas como Belo Monte e a falta de acesso a serviços básicos. 

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Artesanato e Arte Índígena 

O modo de subsistência da população indígena Parakanã está ligado à caça de animais terrestres, agricultura e pesca. 

A comunidade indígena vem buscando formas de se estabilizar economicamente através do aperfeiçoamento do seu artesanato, do estímulo ao extrativismo e do apoio ao escoamento de suas produções. 

As mulheres são responsáveis pela produção do artesanato da etnia Parakanã e detentoras do conhecimento ancestral de sua produção, que é passado entre gerações. Elas produzem cestos de palha, pulseiras de miçanga ou de sementes nativas, redes de tucum e outros artefatos de uso doméstico. 

Os artesanatos são produzidos com fibras retiradas da Floresta Amazônica como tiririca, tucum ou sementes como jarina e mulungo. 

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