Yanomami
A população indígena Yanomami, constituída de aproximadamente 19 mil pessoas e distribuída em mais de 220 aldeias, habita na fronteira entre o Brasil e a Venezuela..
Seu território, uma área de aproximadamente 96 mil km² de floresta tropical, foi reconhecido em 1992 e é considerado de alta relevância para a proteção da biodiversidade amazônica.
Cmacauley – CC-BY-2.0
O Pico da Neblina, o ponto culminante do Brasil, está localizado dentro da Terra Indígena Yanomami e do Parque Nacional do Pico da Neblina.
A organização social do povo Yanomami não reconhece “chefes”, sendo as decisões tomadas por consenso, frequentemente após longos debates, onde todos têm direito a voz.
Ameaças
O reconhecimento de seu território ainda não garante a proteção dos Yanomami que sofrem constantes violências, principalmente a partir da década de 1970, quando se iniciou a abertura da rodovia BR-210.
O povo Yanomami foi marcado por uma tragédia em 1993, quando um grupo de garimpeiros entrou na aldeia de Haximu e assassinou 16 Yanomami, entre eles idosos, mulheres e crianças. O episódio ficou conhecido como o Massacre de Haximu e este é um dos poucos casos, em todo o mundo, que teve um tribunal condenando os réus por genocídio.
A população indígena sofre com o garimpo ilegal, desmatamento e doenças trazidas pelos não-indigenas.
Alguns estudos já apontaram, em algumas áreas do território Yanomami, diversos indígenas e peixes contaminados com alto grau de mercúrio.
Os Yanomami ainda vivem ameaçados pelas invasões e doenças. Durante a pandemia da Covid-19, ocorreram várias mortes de indígenas pela doença, inclusive, de crianças.
Para saber mais sobre o povo Yanomami acesse aqui
Artesanato e Arte Indigena
Os Yanomami vivem da agricultura de subsistência, plantada em roças na floresta, além do extrativismo, da caça e da pesca. Possuem um enorme conhecimento botânico e utilizam centenas de plantas como alimento, remédio e matéria-prima para a construção de casas e diversos artefatos.
As peças artesanais são tradicionais e de uso cotidiano nas aldeias. Fora do território Yanomami, a arte da cestaria é admirada pela sua beleza e pelo processo peculiar de produção, com uma técnica de trançado milenar e passada entre gerações.

Entre os artefatos mais conhecidos, produzidos pelo povo Yanomami, estão as cestarias feitas pelas mulheres indígenas nas aldeias. As mulheres Yanomami trançam tiras de cipó titica (yanomae: Masi ki̶ki̶) e fios do fungo negro (përɨsɨ), matérias-primas que são extraídas da Floresta Amazônica.
Apoie as comunidades indígenas e ribeirinhas, adquirindo os produtos artesanais produzidos organizações indígenas e comercializados pela Del Borgo, confira em nossa loja virtual.