Cesto Indígena Baniwa – Jarro

Os cestos produzidos pela comunidade indígena Baniwa são produzidos com o arumã, uma espécie de cana, que é extraída da Floresta Amazônica de forma tradicional. Os diferentes tipos de manejo do arumã proporcionam tonalidades diferentes das talas que serão posteriormente trançadas. 

O tingimento do arumã é feito com pigmentos naturais extraídos de plantas e árvores da floresta como urucum e carajuru ou cinzas. Para a fixação das cores, também são usados vernizes naturais como o extraído do ingá. 

melho ocre, é considerado um material nobre entre os Baniwa e pode ser obtido por permuta entre aldeias ou povos que se especializaram no seu preparo. 

Tanto o tingimento quanto o trabalho de descorticar o arumã (separar a casca lisa do miolo e produzir talas uniformes) e de trançar exigem uma técnica artesanal e minuciosa de trabalho, além de destreza, precisão. Dependendo do tipo da peça produzida, há diferentes técnicas de trançar. 

Por fim, o acabamento dos cestos de arumã ocorre com o uso de cipós e amarrilhos naturais, como o curauá e a resina do breu. 

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Cor

Vermelho Ocre, Vermelho Claro, Preto

Baniwa

O povo indígena Baniwa está localizado entre as fronteiras do Brasil com a Colômbia e a Venezuela, integrando um complexo cultural de 22 povos indígenas diferentes, de língua aruak, às margens do rio Içana e seus afluentes. Concentram-se também em comunidades no Alto Rio NegroGuainía (nome do rio Negro na Colômbia) e em centros urbanos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM). 

A população Baniwa atual é estimada em 12 mil pessoas, das quais, cerca de 4 mil estão no Brasil, vivendo basicamente de agricultura e da pesca em, aproximadamente, cem aldeias e outras localidades.

Ameaças

Desde o século XVIII, a população indígena Baniwa foi perseguida e ameaçada por colonizadores, protagonizando resistência a diferentes formas de exploração ou catequização. 

Na década de 1970, sofreram novas ameaças com o projeto da BR-210 em suas terras, a construção de pistas de pouso para uso militar, a invasão de empresas de garimpo e resistiram à tentativa de retaliação de suas terras pelo governo federal com a demarcação de “ilhas”. 

Na década de 1990, a população Baniwa começou a se organizar em associações e conquistaram o reconhecimento, os direitos coletivos dos povos indígenas da região do Alto e Médio Rio Negro e a demarcação de um conjunto de cinco terras contínuas, com cerca de 10,6 milhões de hectares, nas quais estão incluídas as áreas de ocupação tradicional dos Baniwa no Brasil.

A população indígena Baniwa ainda sofre com o uso da sua mão de obra de forma precarizada em centros urbanos. 

Para saber mais sobre o povo Baniwa acesse aqui

Artesanato e Arte Indígena 

As duas atividades básicas de subsistência dos Baniwa são a agricultura e a pesca, também praticam atividades extrativas como piaçava, borracha, sorva, castanha e de minerais. 

Atualmente, a comercialização de artesanatos é uma das poucas fontes regulares de renda monetária do povo Baniwa, especialmente da cestaria de arumã e ralos de madeira. 

São os únicos fabricantes dos raladores de mandioca feitos de madeira e pontas de quartzo, que são distribuídos em toda a região, por meio das trocas interétnicas e dos comerciantes. Atualmente, são os principais produtores de urutus e balaios para venda, tecendo as peças nos mais diferentes tamanhos, tipos de desenho e coloração.

A confecção de cestaria de arumã é uma arte milenar e de excelência, transmitida entre gerações. 

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