Baniwa
O povo indígena Baniwa está localizado entre as fronteiras do Brasil com a Colômbia e a Venezuela, integrando um complexo cultural de 22 povos indígenas diferentes, de língua aruak, às margens do rio Içana e seus afluentes. Concentram-se também em comunidades no Alto Rio NegroGuainía (nome do rio Negro na Colômbia) e em centros urbanos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM).
A população Baniwa atual é estimada em 12 mil pessoas, das quais, cerca de 4 mil estão no Brasil, vivendo basicamente de agricultura e da pesca em, aproximadamente, cem aldeias e outras localidades.
Ameaças
Desde o século XVIII, a população indígena Baniwa foi perseguida e ameaçada por colonizadores, protagonizando resistência a diferentes formas de exploração ou catequização.
Na década de 1970, sofreram novas ameaças com o projeto da BR-210 em suas terras, a construção de pistas de pouso para uso militar, a invasão de empresas de garimpo e resistiram à tentativa de retaliação de suas terras pelo governo federal com a demarcação de “ilhas”.
Na década de 1990, a população Baniwa começou a se organizar em associações e conquistaram o reconhecimento, os direitos coletivos dos povos indígenas da região do Alto e Médio Rio Negro e a demarcação de um conjunto de cinco terras contínuas, com cerca de 10,6 milhões de hectares, nas quais estão incluídas as áreas de ocupação tradicional dos Baniwa no Brasil.
A população indígena Baniwa ainda sofre com o uso da sua mão de obra de forma precarizada em centros urbanos.
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Artesanato e Arte Indígena
As duas atividades básicas de subsistência dos Baniwa são a agricultura e a pesca, também praticam atividades extrativas como piaçava, borracha, sorva, castanha e de minerais.
Atualmente, a comercialização de artesanatos é uma das poucas fontes regulares de renda monetária do povo Baniwa, especialmente da cestaria de arumã e ralos de madeira.
São os únicos fabricantes dos raladores de mandioca feitos de madeira e pontas de quartzo, que são distribuídos em toda a região, por meio das trocas interétnicas e dos comerciantes. Atualmente, são os principais produtores de urutus e balaios para venda, tecendo as peças nos mais diferentes tamanhos, tipos de desenho e coloração.
A confecção de cestaria de arumã é uma arte milenar e de excelência, transmitida entre gerações.
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